quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Da origem das ideias...

- Ká, o que nós vamos fazer hoje?
- Não sei ainda, estou tentando descolar uma ideia.
- Ideias são coladas?
- Eu acho que sim. Aí a gente descola uma e ela fica com a gente.
- E as outras ficam lá coladas?
- É.
- Até a gente descolar outra?
- É.
- E se a ideia for ruim e a gente não quiser usá-la?
- A gente cospe nela e cola de volta.
- Ah, entendi.


[Karina, Carolina]

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Tamanho e volume dos ovários: normais

Daí que na semana passada eu tive que ouvir minha mãe e ir ao ginecologista, programaço que estava adiando há tempos.
Mulher é uma coisa estranha que deveria vir com zíper, tamanho o número de vezes que é necessário observar o conjunto útero-trompas-ovários. Mas, uma vez que a natureza não pensou como eu, passaremos a eternidade nos submetendo a posições degradantes e situações invasivas, só para saber se está tudo em ordem por aqui.
Dessa vez não estava. Segundo o doutor eu tenho apenas uns 3 meses de vida, isso sem contar que já se passou uma semana do diagnóstico. Ok, exagero. Eu saí de lá com uma ferida no útero e uns dez tipos diferentes de exames pra fazer.
Não posso negar que fiquei preocupada. Com o histórico familiar que possuo, qualquer um ficaria com medo de descobrir algo mais sério instalado no organismo. Além disso sempre fui a favor da ignorância. Se não dá pra curar, melhor nem ficar sabendo que tem. Mas enfrentei esse medo inicial e comecei a peregrinação pelo mundo dos exames médicos.
Ao cabo de uma semana, acredito que já sei absolutamente tudo que diz respeito ao meu organismo. Taxa de glicose, nível de colesterol, número de batimentos cardíacos por minuto, substâncias causadoras de alergia, enfim... mas a informação mais substancial veio ontem, após a ultrassonografia. Neste momento posso afirmar que sei com exatidão o tamanho do meu útero. Quantas pessoas no mundo podem se gabar disso?
Certo, portanto acredito que posso ficar tranquila: não terei um câncer... nem um filho. E da próxima vez que me perguntarem o número do RG e eu não lembrar, sairei com essa:
_O RG eu não sei não, mas meu útero tem exatamente 40,412 centímetros.
E ai de quem duvidar. Que outra pessoa saberia isso se não eu mesma?

[Carolina]

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Para 2008, já meio atrasadinha

O melhor banho de piscina do ano passado foi tomado de madrugada, na casa da Jeh, já meio bêbada, com apenas 10 centímetros de água na piscina.
Também foi o que rendeu mais hematomas na história da humanidade. Nota para o futuro: brincar de lutinha em uma piscina quase vazia pode causar dores incríveis.
A melhor viagem durou apenas uns 40 quilômetros e me levou para um acampamento que - se não foi tão animado como deveria - ao menos provou que quem fica sempre frita e que da próxima vez ninguém será mané o bastante para se isolar.
A cena mais engraçada foi a imitação da locomotiva na linha do trem.
A melhor festa foi a do meu aniversário, mesmo tendo sido pequena.
A melhor madrugada foi passada escondida na casa do meu pai, falando um monte de inutilidades com pessoas igualmente inúteis, mas muito amadas.
A descoberta do ano foi a Piña Colada.
O choro mais doloroso foi ao deixar meu irmão em sua nova casa.
O machucado mais imbecil foi numa folha de papel.
A surpresa do ano foi encontrar os amigos que encontrei.
O melhor presente fui eu que dei - uma caneca suja de stanheger, com um bilhete amassado escrito em um guardanapo de bar, só pra dizer que não esqueço dela nem quando estou alcoolizada.
O brinquedo mais legal foi um quebra-cabeças de 1500 peças.
O beijo mais doce foi num elevador, no frio e bem longe de casa.
O beijo mais intenso foi numa festa, indo comprar cerveja.
A maior loucura foi uma semana sem dormir, indo do trabalho pra festa e da festa pro trabalho.
O que me arrancou um sorriso foi ver todos os meus amigos juntos por minha causa.
A dança mais legal foi no final de um show.
A tarde mais lembrada deu-se num dia de sol e frio intensos.
O melhor banho de chuva foi com os meninos num lamaçal inacreditável.
O fato insuperável foi ver um cara ser preso por não pagar a conta.
A festa mais longa foi à fantasia.
A pior burrice foi ser orgulhosa e não ir a uma festa de aniversário.
A maior prova de inteligência foi mandar pro espaço o que não cabia mais na minha vida.
O melhor momento foi o primeiro que passei de novo com as minhas amigas.
A maior libertação foi de uma história que nunca terminava, mas se esgotou.
O pior arrependimento foi brigar com a companheira de ap.
O maior orgulho foi fazer as pazes.
As melhores conversas foram a três, dirigindo pra lugar nenhum.
Os melhores copos de cerveja foram os de domingo à noite.
A briga mais engraçada deu-se após a meia-noite de uma segunda-feira, dentro de um carro, por pura falta de sinceridade comigo mesma.
O melhor domingo foi num sítio, com os mesmos de sempre.
A melhor decisão foi visitar uma amiga de colégio.
A gargalhada mais gostosa começou em março, eu acho, coletivamente - e não passou até agora, graças às pessoas que fizeram do meu 2008 o melhor dos últimos, sei lá, oito anos.


[Carolina]