quinta-feira, 30 de julho de 2009

Letras avulsas

Pequenas notas de esclarecimento sobre pontos importantes (ou não):

  • Percebe-se que as aulas na UEM voltaram quando é o primeiro dia e eu falto.
  • Percebe-se que as aulas na UEM voltaram quando estamos sem o professor de alguma matéria.
  • Percebe-se que as aulas na UEM voltaram quando elas são suspensas dois dias mais tarde (neste caso, em decorrência da gripe suína).
  • O chamado Efeito Placebo ocorre quando um indivíduo acredita estar tomando medicamentos contra algum mal e deste melhora ou é curado, apesar de o medicamento ser composto de ingredientes que inicialmente não poderiam alterar o curso da doença - açúcar ou farinha, por exemplo. Logo, também pode ser considerada uma "busca pelo Efeito Placebo" quando o indivíduio busca em outras atividades esquecer de uma, especificamente.
  • Excludente é um adjetivo usado para designar algo que - obviamente - exclua um ou mais fatores de sua lista de abrangência.
  • O contrário do vocábulo "excludente" não é (diferentemente do que alguns possam pensar) "includente", mas "inclusivo".
  • "Inclusivo" não é apenas a maneira errada de se pronunciar "inclusive", e sim uma palavra que, inclusive, possui gênero, podendo ser utilizada no feminino - "inclusiva" - caso o substantivo precedente assim o exija.
  • Decisões são providências tomadas por alguém quando as demais alternativas são, aparentemente, menos completas ou viáveis para se alcançar o resultado desejado.
  • Decisões são atitudes essencialmente voláteis que, justamente por essa característica, podem causar o efeito colateral conhecido como arrependimento, cujos sintomas são dor de cabeça e, por vezes, náusea, e que costumam cessar quando se esquece do assunto ou quando se volta atrás decidindo, em nova oportunidade, por uma das demais alternativas anteriormente descartadas por parecerem menos completas ou viáveis.
  • Pode-se diagnosticar um indivíduo como portador do mal conhecido por "Verborragia Temporária" quando ele insiste em falar e/ou transcrever todo tipo de bobagem que lhe venha à mente apenas como forma de externar sua incapacidade criativa, também conhecida por "branco".

E tenho dito.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Conclusão

Fiquei pensando agora à noite sobre a sua situação, que tantas vezes destrinchamos ao telefone.
Uma meia dúzia de palavras sentimentalistas não vai mudar o que você é para você mesma: você é sua força, sua beleza, sua atitude e sua dignidade. Nada do que ele diga ou faça poderá mudar isso.
Não acho mesmo que deveria haver um ponto onde ele pudesse merecer você, na verdade nem metade de você, até porque não consigo pensar em alguém que fosse merecedor de todo o conjunto de virtudes que formam você. Por isso ele ficou confuso: nada do que fizesse poderia ser suficiente para estar ao seu lado.
Não espere que ele compreenda o que você sente: ele não é capaz de compreender nem o que ele mesmo pensa. Você não. Você é um poço de certezas e isso incomoda além da conta. Você sabe o que quer e sabe melhor ainda o que não quer - e deixa muito claro para quem quiser saber, sem parecer radical demais.
Nem mesmo um oceano das desculpas dele poderia em algum momento alcançar a grandiosidade que você tem por dentro.
Sei que às vezes você também se confunde e não sabe dizer ao certo o que sente, mas até na sua dúvida tímida você consegue ser grandiosa - não sai por aí atirando para todos os lados, como ele faz.
E, cá entre nós, é bastante óbvio que ele não passa de um mané.
Nossas conversas diárias de repente me fizeram perceber o quanto não faz o menor sentido pensar nele como um passado bacana. Legal mesmo, querida, é quem põe só sorrisos no rosto lindo que você tem!
P.S.(agora falando de mim e você): O destino decide quem entra em nossa vida; as atitudes decidem quem fica. Te adoro!

sábado, 11 de julho de 2009

Abstrações

Acerca do medo, que invariavelmente nos atinge ao entrarmos no campo dos sentimentos, creio que há certa conformidade - e, por que não, concordância - de nossa parte ao permitirmos sua aproximação.
Incontestavelmente, o medo protege. E protege porque acovarda. Prova disso é que as pessoas que morrem afogadas em geral sabem nadar. As que são temerosas com relação à água não se afogam... porque não se arriscam.
O mesmo princípio se aplica à amizade, à raiva e, naturalmente, ao amor. Quando se tem medo destes sentimentos você acaba protegido de seus efeitos, porque não se arrisca a vivenciá-los.
Somente a vivência, no entanto, trará o conhecimento dos benefícios de todos estes conceitos. Em outras palavras, ver o lado bom.
No decorrer de minha vida, incontáveis vezes deixei-me acovardar pelo medo do envolvimento, da dependência de determinados sentimentos que a mim se apresentaram. Posso assegurar que, apesar de protegida das consequências destes sentimentos, não pude deixar de sentir as inúmeras horas de lamentação pelas sensações que não vivenciei.
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Certa vez me deixei envolver por um sentimento inventado, criado por mim num momento de "nada pra fazer".
Ao contrário do que supus, tal revolução interna - que não existia de fato - causou maiores estragos do que outras - tão reais que eu quase podia tocar. Isso porque dei, mais que minha autorização, minha bênção para que o sentimento se instalasse e entrasse em cada lacuna não preenchida.
Sofri (como, de fato, prevêem aqueles que sentem medo), mas saí ainda viva, com a tranquilidade da convicção de que eu tinha feito uma escolha, vivido intensamente as consequências desta escolha, e crescido com a experiência.
Entendi, por fim, do que eu deveria ter medo.
Mas, de coração, não consegui ainda inventar esse medo que - eu sei - devo sentir. E quero tudo de novo!