quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tinha que ser o Chávez de novo

Ontem, terça-feira, 25 de novembro de 2008, chegaram à costa da Venezuela aluns navios de guerra russos, para efetuar exercícios junto à Marinha venezuelana.
Bem, duas ou três coisas me passam pela cabeça...
A primeira: Hugo Chávez negou que a operação tenha o objetivo de provocar o governo americano. Eu queria saber quem foi o mané que cogitou essa possibilidade ridícula! Falar uma calúnia dessas justo sobre o Chávez, que costuma ser tão polidamente diplomático com os EUA?! Esse povo acha que ele não tem mais nada pra fazer da vida, tipos discutir com o rei da Espanha e arrumar confusão com os companheiros sul-americanos? Ah, gente... cada um que cuide da própria costa e deixe de acusar o Huguinho.
A segunda: A Rússia não tinha oficialmente deixado de ser comunista em dezembro de 1991? Então que diabos ela faz apoiando a Venezuela, que claramente quer passar para o "lado negro da força" (não, não sou contra o comunismo, só estou ironizando) às custas de muita pirraça?
A terceira: Cadê o Fidel Castro para coordenar essa farra toda, pelamordedeus? Tudo pegando fogo, Bush provavelmente puto porque, além de perder a eleição, tem que agüentar a fusquinha do Hugo Chávez mancomunado com a arquirrival norte-americana e o Fidel nem ao menos dá uma declaração pro troço explodir de vez? Não dá mesmo a impressão que o homi abotoou o paletó, digo, a farda?
Mistérios do mundo comunista...
Ai, ai, ai...
[Carolina]

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Bom dia, gostaria de falar com a Kesia

Cacá: Bom dia, eu gostaria de falar com o Edson Filho (destaque para a pronúncia da palavra Filho porque, se o Edson é Filho, obviamente é porque o pai também se chama Edson).
Edson (pai): Sou eu, pode falar.
Cacá (estranhando a voz grossa de um piá de 17 anos): Você está inscrito para o Projeto X, certo?
Edson pai (ligeiramente estúpido): Que isso?
Cacá (pacientemente): Projeto X, cuja prova será realizada no sábado...
Edson pai (claramente nervoso com a própria ignorância): Eu não sei lá que projeto que é esse. Que projeto que é esse? (Sim, ele falou exatamente desta forma)
Cacá (contendo o riso): Eu gostaria de falar com o Edson Filho (e lá vamos nós de novo).
Edson pai: Ah, eu sei que Edson que é.

(Maiszáááá, jura? Agora não vai me dizer que Edson Filho é seu filho, Sr. Edson?! Hahaha, né?)

Mãe do Leandro: ALÔÔÔÔ!
Cacá (afastando o fone do ouvido): Bom dia, eu gostaria de falar com o Leandro.
Mãe do Leandro (obviamente não ouvindo o que Cacá diz): Não, Vera. Eu tô no telefone com a muié aqui! Deixa que depois eu ligo... (voltando ao diálogo com Cacá) ALÔÔÔÔ! (voltando à conversa com a Vera) Não, fia, ele falou que ia buscar só amanhã! Já tá lá já? Então manda trazer, né? Hahahahaha! (lembrando que está no telefone com a muié aqui) ALÔÔÔÔ!
Cacá: Eu gostaria de falar com o Leandro.
Mãe do Leandro: É a mãe dele, mas o Leandro não tá aqui não.
Cacá: A senhora pode anotar um recado pra ele, por favor?
Mãe do Leandro: Ah, liga depois (antes de desligar na minha cara) Mas já num falei, Vera, que é pra mandar o imbecil trazer?
Tu-tu-tu-tu-tu.
E a melhor de todas, top dos contatos telefônicos, o Tiozão vizinho da Kesia:

Cacá: Bom dia, eu gostaria de falar com a Kesia.
Tiozão (aparentemente sem os dentes da frente): Alô?! Oi!
Cacá: Eu gostaria de falar com a Kesia.
Tiozão: Mas é do que isso aí?
Cacá: É sobre uma prova que ela vai fazer no sábado.
Tiozão: Mas é do que isso aí?
Cacá: É sobre um projeto do qual ela está participando.
Tiozão (aparentemente com um gravador na garganta): Mas é do que isso aí?
Cacá (perdendo a paciência): A Kesia está?
Tiozão: Mas é de estudo essa prova? Porque a Kesia não mora aqui com a gente não, ela mora ali descendo ali na rua de baixo às esquerda (e eu muito imaginando o tiozão gesticulando o caminho), mas é que hoje a gente aqui de casa acho que ninguém vê ela hoje aqui de casa não. Mas é do que isso aí?
Cacá (querendo responder que é do inferno): Como será que eu faço pra falar com ela?
Tiozão: Você não tem que ela não te deu o celular?
Cacá: Não.
Tiozão: Xiiiiiiiii.
Cacá (desesperada para encerrar a conversa de Alice no País das Maravilhas): Eu vou tentar falar com ela outra hora, então. Obrigada.

Trabalhar com pessoas é uma das coisas mais engraçadas de que eu tenho conhecimento.


[Carolina]

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Juro que não esqueci do blog...

... mas no fim do ano a falta de tempo é gande!

:/



[Letícia]
tempo, tempo, tempo, tempo...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

We'll always have Paris

Se eu fosse a diretora de fotografia da minha vida, ela teria o visual "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", com toda aquela profusão de cores entre o amarelo, o vermelho e o verde, e aquela trilha sonora docinha, que sempre remete ao conceito "tardes frias de sol".
Talvez seja parcialmente por culpa dessa visão romanceada do cotidiano parisiense o fato de eu ter me apaixonado tão desesperadamente pela Cidade-Luz.
Já tentaram de tudo para espantar o amor franco que me assola, mas esqueçam. Podem dizer que as pessoas fedem ou que são estúpidas, que é tudo muito caro, que a comida é nojenta. Nada vai mudar a vontade que há muito acalento de conhecer aquele lugar.
Quando eu estiver em Paris vou fazer questão de andar pelo Jardin des Tuileries ouvindo "La Vie en Rose" no MP3, porque um filme não é nada se não houver trilha sonora. Vou tirar foto deitada no gramado em frente à Torre Eiffel, vou olhar o Moulin Rouge e sentir vontade de dançar Can-can, vou visitar o Louvre no final da tarde pra ver o restinho de sol refletido no piso de parquet da Grande Galeria, vou conhecer o Centre Pompidou pra poder dizer se o julgo uma obra-prima da arquitetura moderna ou uma afronta ao romantismo local.
Quando eu estiver em Paris vou tomar um TGV e vou parar em Versailles, passear pelos jardins, tirar foto em alguma escadaria, filmar a Galerie des Glâces pra tentar aprisionar seu esplendor por uns tempos, esperar entardecer para vê-lo dourado como se fosse concebido em ouro puro.
Quando eu estiver em Paris vou sentar em um café no meio da tarde, na Champs-Elysées, contemplando o Arco do Triunfo. E vou precisar achar alguém por quem morrer de amor só enquanto eu estiver por lá, porque Paris é pra ser sentida assim mesmo.

Gramado, me aguarde!
[Carolina]

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A grande rede mundial de assuntos

Zero hora e três minutos, exatamente, marcada ali no canto direito da tela do meu computador. Estou eu aqui com uma missão, o maior espetáculo da Terra: compilar as eleições dos EUA, a união do Itaú com o Unibanco, o GP de Fórmula 1 que aconteceu ontem e o plano da Paris Hilton de ir pro espaço em um único texto que, de preferência, faça algum tipo de sentido. E eu farei tudo isso tendo que me levantar amanhã às oito da manhã, senhoras e senhores!
Como não há tempo a perder, vamos aos fatos: é muito mais fácil ser de esquerda no país dos outros, e quando se tem o Bush como situação (calamitosa, aliás). Digo isso porque, quando estávamos para eleger nosso amado presidente, Sr. Luís Inácio Mula da Silva, eu era direita declarada! Mas vocês haverão de convir comigo, porque trocar um sociólogo por um metalúrgico aposentado por invalidez depois de perder o dedo é realmente muito mais difícil que trocar um general sanguinário por um cara simpático e com uma plataforma de campanha decente como a de Obama. A questão é que as eleições americanas aparentemente vão ser decididas apenas nos momentos finais, exatamente como a disputa entre Lewis Hamilton e Felipe Massa, que só encontrou sua redenção no último GP da temporada.
Em suma, a corrida de ontem sagrou Lewis Hamilton, carinhosamente conhecido lá em casa como Mirtão, campeão mundial da temporada 2008 de Fórmula 1. Digam o que quiserem, senhores, mas eu fui acordada a duas voltas do final do GP com meu irmão gritando: "Cara, o Vettel passou o Mirtão!" e, até o momento em que o Massa cruzou a linha de chegada, Mirtão ainda era o grande perdedor do ano! Portanto, Felipe Massa é o novo nome da Fórmula 1 e não é qualquer Mirtão que tira essa vitória das mãos desse brasileiro!
Bem, talvez a atual crise mundial o faça, comendo, com essa alta desvairida do dólar, os milhões que ele adquiriu correndo honestamente. Enquanto isso, no cenário econômico brasileiro, Itaú e Unibanco anunciaram sua fusão (quase como no Dragon Ball Z) e a Bovespa reagiu bem, fechando em alta. Esse tipo de acontecimento me faz perceber pela milionésima vez o que todo mundo já sabe, mas os pregões não conseguem aprender: economia é especulação, quase como fofoca de comadre. Se algum engraçadinho inventa uma boa história em que todo o resto acredita, as coisas acontecem de acordo com o que ele ditou. É claro que a questão é um pouco mais complexa do que isso, mas se esse povo parasse de acreditar em tudo o que escuta, metade dos problemas que ocasionaram a crise estaria solucionada.
Com todas essas considerações, bem mesmo faz a Paris Hilton, que está desembolsando duzentos mil dólares para financiar sua viagem ao espaço. Ironicamente o nome do ônibus espacial que fará essa caridade por nós, seres humanos possuidores de cérebro, é Virgin Galactic (risos internos brutais). Segundo o Ego, Paris deu a seguinte declaração a respeito: "Eu estou muito assustada. E se eu não voltar? Com toda a história dos anos luz, e se eu só voltar daqui a 10 mil anos, e todas as pessoas que eu conheço estiverem mortas? Vai ser do tipo, 'ótimo, agora tenho que começar tudo de novo'".
Paris, querida, se o Ego me perguntasse eu daria a seguinte declaração sobre o tema: "Eu estou muito assustada. E se ela voltar? Com toda essa história dos anos-luz, bom mesmo seria se ela só voltasse daqui a dez mil anos e todos que a conhecem já estivessem mortos. Seria do tipo: 'ótimo, agora que nos livramos, vamos começar tudo de novo, sem ela'".
Por falar nisso, quem sabe não é a simples presença de Paris Hilton o ponto-chave de todos os outros problemas mundiais?
Ei, Paris, será que não cabe o Lula, Bush, McCain e o Mirtão aí também?
[Carolina]