sexta-feira, 27 de junho de 2008

Parem o mundo, they are back!

Estava eu alegremente envolvida no processo de login do software de bate-papo também conhecido por MSN quando, de repente, eis que surge entre as notícias do Windows Live Today a seguinte nota: “Backstreet Boys estão de volta!”. Após alguns segundos rindo enquanto imaginava esta notícia dada em inglês – “Backstreet Boys are back!”, um trocadalho do carilho (adoro) – quis que o mundo parasse de girar. Nem me dei ao trabalho de ler detalhes da matéria, tamanha foi a engasgada com a Coca-cola que estava tomando no momento.
Quer dizer que agora a moda é essa? Retornos “triunfantes” do inferno de onde nunca deveriam ter saído? Sim, porque as Spice Girls fizeram o mesmo há pouco tempo... “Galera, a gente conversou, uma devolveu o estojo de maquiagem da outra e resolvemos ficar de bem. Aí a gravadora puxou um baseado e entrou na nossa. Resumindo, estamos de volta, o azar é todo de vocês!”.
Não que eu não tenha ouvido as músicas das cinco garotas afetadas quando tinha lá meus doze anos, mas acho que minha irmã, atualmente com essa idade, não merece ter a mesma lembrança quando tiver vinte. Digamos que o tal do “Rebelde” já dê conta da vergonha futura dessa geração suficientemente bem.
Passado o pânico comecei a rir novamente, imaginando quais os próximos retornos possíveis. Abandonará Rick Martin sua carreira solo de sucesso para retomar os trabalhos com o Menudo? Ou será que Simony vai finalmente sarar da pancada na cabeça que parece ter levado e reunir a galera do Balão Mágico? Voltará o Dominó para cantar “Baila, baila comigo. Baila, baila, mi amor. Baile e mexe o umbigo que así es que se baila mejor”? Será que, em uma taberna qualquer, estão reunidas as Paquitas, pensando na melhor forma de anunciarem seu retorno? Estaria o Polegar negociando a volta de Rafaelzinho com alguma clínica de desintoxicação?
Pensando bem, acho que eu deveria ter parado no estágio MEDO.

Não tem a menor graça mesmo!
[Carolina]

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Com que letra eu vou?

No trabalho (e quanto trabalho) na sala de arquivos, distraída, cantarolando qualquer pagode apaixonado... de repente, numa caixa, a identificação: "Luminárias e ESTENÇÕES". Doeu muito mais em mim do que em você, pode acreditar. Saí aos berros procurando o autor de tal façanha, não antes de me certificar com meu oráculo de gramática e ortografia. Mas eu tinha certeza de que estava errado. Aquilo não podia me causar tão má sensação estando certo. É claro que, nessas horas, a gente nunca acha o culpado. Meus serviços então, foram novamente solicitados para conSertar a etiqueta...
Devo ser mesmo muito chata. Tem coisa mais irritante do que um sujeitinho, calouro na empresa, que sequer saiu das fraldas, te corrigindo o tempo todo? Você fica torcendo para ele dar o primeiro deslize, para que você possa com toda pompa dizer:- "Está errado, meu bem. Não é assim que se fala/escreve". E descontar todas as 397363 vezes que ele te fez passar por isso... Mas é tudo uma questão de cultivar a língua-mãe. Principalmente num local de trabalho onde os "pareceres" são tão importantes. Chama essa menina para corrigir o parecer. E tira um SEJE daqui, e acrescenta um H no "a muitos anos" dali. Pensando bem, adoro ser esse tipo de referência.
Não estou aqui para fazer julgamentos, nem para colocar ninguém de castigo, com orelha de burro, agachado no milho. Mas defendo a causa da Língua Portuguesa. Escrever bem não é sinônimo de escrever difícil. É uma questão de leitura e curiosidade. Todos estamos sujeitos a falhas. Mas, vamos combinar? Você também se dói de rir quando chega aquele e-mail: Pérolas da FAFIFUFI. Acertei? Então, para não ser motivo de chacota, continue lendo este blog! (Adoro a humildade). Você aprenderá muito sobre figuras de linguagem, do tipo ironia, do tipo pleonasmo, do tipo onomatopéia, do tipo eufesmismo, do tipo hipérbole...E por aí vai.
Mas, já que citei as pérolas dos vestibulares da vida, vejamos alguns dos que recebi hoje:
"A Previdência Social assegura o direito à enfermidade coletiva."
(Faz sentido. O seu Plano de Saúde só servirá na ocorrência de epidemias, não é?)

"O Chile é um país muito alto e magro."
(Consegue visualisar? Pense assim no Sr. Marco Maciel.)
"Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado."
(Deve ter sido o destino do autor da frase.)
"Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso."
(Entendeu, certo? Todo discurso de político é uma Lenda.)
"O Sol nos dá calor e turista."
(Esse, com certeza é carioca.)
"O vento é uma imensa quantidade de ar."
(Nunca teria imaginado.)
"O cérebro humano tem dois lados, um para vigiar o outro."
(A velha história do Tico e Teco, não?)
"O nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e até verdes!"
(E o nome do seu pai deve ser Shrek)
"Em 2020 a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer."
(Meu Deus!)
É isso, chega porque meu abdômen já dói. Boa quinta-feira.

[Karina]

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A história da gente

Imagine só, você tem 15, 16 anos, está no 2º ano do Colegial e o seu professor de história chega na sala de aula e diz:
- Muita gente aqui pretende fazer direito, né? Levante a mão quem pretende.
Cinco ou seis alunos levantaram a mão, o que numa turma com 40 pessoas, é bastante coisa.
- Que bom, porque eu quero que vocês aprendam história de um jeito diferente; vamos fazer um Júri Simulado de Adolf Hitler.

Pois é, o meu professor de história fez isso! Eu, louca por um desafio, como sempre, me alistei logo na defesa, assim como duas das minhas companheiras desse blog; a terceira estava muito ocupada mostrando todo seu potencial na Venezuela; mas se mostrou muito interessada, e ajudou muito com seus e-mails.

Com 11 pessoas na defesa, começaram as reuniões e as pesquisas; um trabalho realmente exaustivo, mas em muitos pontos gratificante. Dei de cara com um termo que na época não fazia o menor sentido, mas que hoje faz parte do meu dia-a-dia: a tal da Jurisprudência, decisões processuais unânimes tomadas pelos Tribunais de Justiça do país todo. É, eu sou um daqueles que levantou a mão quando o professor pediu.

Resultado: a defesa perdeu, e Hitler foi condenado por 5X2 votos, o que foi bastante, levando-se em conta o júri parcial; sejamos justos, doa 7 jurados, um entrou dizendo que não importava o que fosse ouvir, para ele Hitler era culpado; um outro ficou rabiscando ao invés de prestar atenção no que falávamos; outro ainda afirmou que suas crenças religiosas jamais permitiriam que Hitler fosse absolvido. 03 votos que nos fariam ganhar! Mas tudo bem, apesar de termos perdido recebemos muito mais elogios que a acusação, sem contar que estávamos muito mais bem vestidos.

Depois que acabou o júri saímos para comer uma pizza, e aí nasceu uma grande amizade, que hoje faz 04 anos! Parabéns pra gente, Sun Shine!

*ps.: Como se fosse uma fábula, deixo aqui a moral da história – “In Dubio pro Réu – na dúvida, absolve-se o réu.”.


[Letícia]

terça-feira, 24 de junho de 2008

De balões que não estouram...

Depois de ficarmos todos chocados com a falta de inteligência do padre que resolveu voar levado por uma porção de balões de festa infantil (?), digamos que o país tenha ficado um tantinho traumatizado com essa história de balão.
Propositalmente ou não, Maringá está tendo essa semana uma demonstração ao vivo de como voar em um balão de verdade - e não utilizando um monte de artefatos de borracha passíveis de ser estourados até por um garfo, como provam nossos primos mais novos em seus aniversários.
O fato é que o 21º Campeonato Brasileiro e 1º Campeonato Nipo-brasileiro de Balonismo estão ocorrendo na cidade onde vive esta que vos fala. E agora todos os dias somos brindados com pontos coloridos espalhados pelo céu, ora tão alto que quase não se pode ver, ora saindo de trás de uma árvore tão próxima que quase se pode tocar.
Como feliz garota deslumbrada que sou, saio fotografando todas as vezes que enxergo o espetáculo acontecendo, o que causa estranheza nos outros mortais que me cercam. Hoje mesmo tive que largar toda a compra que tinha feito para o apê no meio da calçada para sacar a câmera e registrar o momento.
A moça que vinha atrás de mim fechou a cara, enquanto o senhor de bengala de repente pareceu recuperar a força nas pernas e saiu correndo.
Mas vocês hão de compreender, porque é tão lindo!

Olha o padre ali também!

[Carolina]

sábado, 21 de junho de 2008

As tais piadas

- Oi, você por aqui?
- Pois é, que festa bacana, né? Com vontade de responder “Não não, tonto, to lá em casa, não ta vendo? Se bem que pra olhar pra sua cara, era melhor ter ficado por lá mesmo!”
É cada coisa que eu tenho que agüentar, viu? Mas pra manter a boa educação, eu dou um sorrisinho tonto e balanço a cabeça. Se algum dia você me vir fazendo isso, pode ter certeza que eu estou ocultando um pensamento muito maldoso.
E minhas amigas viram e dizem: “Que sangue de barata, hein?” Pois é, eu nunca fiz novela, mas até que sou uma boa atriz.
Mas se eu falasse tudo que penso, não faria nenhuma amizade, não seria contratada por ninguém, não compraria nenhuma roupa; enfim, viveria isolada. Então, em nome do convívio social eu prefiro manter o nível, manter a educação e deixar algumas coisas só no pensamento.Mas que as tais das piadas do Joãozinho / Mariazinha / Zézinho andam me irritando, ah, isso sim!
[Letícia]

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Historicamente falando...

Quando eu tinha quase dois anos de idade mamãe achou que poderia ser uma boa idéia me matricular nas aulas de balé, sabe-se lá o motivo – de repente ela pensou que um dia eu brilharia no Bolshoi ou como dançarina do Faustão – ok, menos. De repente ela só queria que eu fizesse exercício físico mesmo.
O fato é que, se ela soubesse que uma das minhas coleguinhas de Pas de Deux viraria a tranqueira que é hoje, sem dúvida alguma teria me matriculado no judô. Sim, foi assim que eu conheci a Karina. Afe.
Depois, aos seis anos, mamãe – sempre ela, tenho impressão de que não ia muito com a minha cara – me pôs pra estudar num colegiozinho chato, de cujos professores eu não gostava, assim como dos alunos e direção. No meio das meninas da panelinha que me judiavam estava ela, Letícia, amizade que levou mais alguns anos (sete, para ser exata) até engrenar de verdade. Felizmente Hitler fez, sim, algo de bom – mas essa fica pra outra hora.
Com dez anos saturei daquele colégio metido a besta e bati o pé exigindo alçar novos vôos. E mamãe me fez um favorzão e me matriculou em um colégio grande. E estadual. E divertidíssimo. Lá fui estudar na sala da Priscila. Ela não foi muito com a minha cara assim, de primeira, mas isso é normal. Devo ter cara de chata mesmo, porque todo mundo me diz isso.
No ano seguinte, a 5ª série D comandava a bagunça, e já ali estávamos reunidas eu, Kari – que tinha morado um tempo em São Paulo – e Pri. Lelê só veio engrossar o caldo quando cursávamos, ainda no mesmo colégio, o 1º ano do Ensino Médio. Ainda assim, eu comecei a falar com ela efetivamente apenas no 2º ano, quando a Pri estava na Venezuela. O quarteto mesmo apenas conseguiu união total no terceirão, alegria das nossas vidas.
Sim, éramos o retrato do desencontro, o que me faz pensar...
P*taqueopariu, que diabos estamos fazendo as quatro no mesmo blog? Vai ser persistente assim lá no inferno!

[Carolina]

Pra começo de conversa...

Tuuu... Tuuu... Tuuu...
Chamada a cobrar. Para aceitá-la, continue na linha após a identificação.
Tu. Tu. Tu. Tu.
- Calma, ela liga de volta.
“To nem aí se ocê tem caminhonete ou se sua...”
- Fala tranqueira!
- Por que vocês só me ligam a cobrar?
- Porque seu telefone não é você quem paga. Filha, tivemos uma idéia... Vamos montar um blog?
- Hmmm... Sim?!
- Então, a intenção é escoar toda a criatividade reprimida, uma vez que não trocamos mais bilhetes nas aulas de literatura.
- Uou, que profundo. E qual o esquema?
- Assim, recebemos uma mensagem da quarta parte londrinense nos cobrando uma viagem de jipe pra Noronha. Vamos combinar, de jipe não rola, mas...
- Ah, ok. Escrever sobre esse tipo de idéia que nós temos de vez em quando?!
- Justamente, baby. Aquelas coisas que mulheres conversam juntas no banheiro da balada.
- Vou desligar porque não tenho crédito. Estou indo aí e a gente agiliza os detalhes. E extravasa.
- Combinado. Beijos, me liga.


E daqui pra frente, vai vendo... super intendo.


[Carolina, Karina, Letícia]