segunda-feira, 23 de março de 2009

Habilidade com crianças: zero

Se há duas coisas para as quais eu definitivamente não levo jeito, uma delas é escrever e a outra é interagir com crianças. E hoje, tirei o dia para discorrer sobre essas pestinhas.
Quem me conhece, sabe bem que eu e estes mini-seres estabelecemos uma relação de respeito mútuo. Eu não os procuro e eles se mantêm longe de mim.
É claro que eu quero ser mãe um dia e tenho sim instinto maternal (muitíssmo aguçado, acreditem). O fato é que não tenho muita habilidade com o filho dos outros.
- Essa criança não pára de chorar. É fome? É dor? Dor de quê? Dor aonde? Já dei a mamadeira, e agora, o que faço?

Dias atrás, uma dessas figurinhas virou-se para uma colega de trabalho e disse:
- Eu sei sambar.
E elas ficaram interagindo em uma linguagem não decifrável enquanto eu guardava a resposta que veio automaticamente em minha mente: "E eu com isso?!"

Freud talvez tivesse uma explicação para esta falta de afinidade. Entretanto, este sentimento vem sido trabalhado ao longo dos últimos nove meses. Incrivelmente, estou ansiosa pela chegada do Felipe, um bebê amado desde o instante em que soubemos de sua existência. E, convenhamos, favorecido pelo carinho imenso que sinto por seus pais, Livia e Eduardo. Pessoas estas que merecem o filho mais lindo do mundo, pois são os melhores pais do mundo.
Espero pela "materialização" deste bebê que já está pronto em nossa imaginação há tempos... e que ele me ensine a ser uma tia legal, aproveitando todo o carinho que sinto por ele.



[Karina]

4 comentários:

Kaká disse...

aaaaah, meu Felipinho!
tão linda Kari, você não tem nem noção!

mas é, isntinto maternal aflora assim, de uma hora pra outra.


:*

Eduardo - www.dumc.zip.net disse...

Primeiramente obrigado à Ká, à Lê e à Cá pela lembrança :D Sabe que eu também tinha esse "acordo" com bebês: eu cá, você lá! Sempre gostei de crianças, mas das crianças já crescidinhas, com seus 3 ou 4 aninhos. Porém, como resistir àquele pedacinho de você que acabou de sair do ventre da pessoa que você ama? Como resistir àquele serzinho tão amado, tão esperado, tão sonhado?!? Bom, de qualquer forma, o medo toma conta em alguns momentos: Como eu faço pra pegar? Porque ele tá chorando? Putz, ele vomitou em mim (levei meu primeiro jato hoje)!, Será que ele está bem?... Como diria um amigo, "É PUNK!". Dentre tantos sentimentos inexplicáveis, posso destacar um: O primeiro choro, ainda dentro da sala de cirurgia. Eu, um papai assumidamente babão, segurando os nervos (que estão à flor da pele) para não deixar a mamãe ainda mais nervosa, fiquei ali falando baixinho enquanto o médico retirava o Felipe, "choraaa, choraaa, choraaa"... e o chorinho veio, pra desabar aquela tensão toda e transformar o nervosismo em lágrimas. Só posso dizer uma coisa disso tudo (vale lembrar que são apenas dois dias como papai)... é maravilhosamente gostoso ver aquele banguelinha pertinho de nós... seja chorando, seja mamando, ou mesmo dormindo. Sentir o calor da pele delo nos meus lábios na hora de dar um beijinho nele é demais, é inexplicável, é único. Nesse momento, nada mais existe no mundo (ops, existe sim... o grande amor da minha vida, Livia).

Livia disse...

Emocionada demais para escrever qualquer coisa..

Paula disse...

Ahhh não, além de escrever maravilhosamente bem vc ainda é amiga do Dudu e da Lívia? Isso já tá demais, é pra rasgar muita seda num dia só! Rsrsr Bjaum!