segunda-feira, 11 de maio de 2009

I'll survive

Daí que, por um desses acasos que só acontecem na minha vida, eis que sexta-feira fui parar em uma boite gay.
Devo esclarecer desde já que respeito todo e qualquer tipo de opção de outrém, seja ela religiosa, sexual, intelectual, musical ou culinária e que, portanto, não tenho problema algum em conviver com pessoas diferentes de mim. Sendo assim não vi nada demais em adentrar o ambiente, até porque sou bastante sociável e julguei que quem corria maior risco de ser atacado eram os dois rapazotes que estavam comigo. Pelo jeito eles pensaram o mesmo, porque nos sentamos em uma mesa e ali os dois permaneceram, quase sem respirar, enquanto eu fazia questão de olhar em volta.
E, pra falar a verdade, não vi nada demais! E não vi porque não havia nada demais para ver. Pensando melhor agora, admito que foi preconceituoso da minha parte - e olha que me considero bem liberal - esperar uma esbórnia total somente pelo fato de se tratar de uma boite gay. O que acontece lá é o que acontece em qualquer outra boite do planeta: tem gente dançando, gente paquerando, gente conversando aos berros para ser ouvida, gente bebendo, gente rindo, gente se divertindo. Gente. Como qualquer outra gente.
Ninguém nos atacou, ninguém ficou nos encarando - nem como possíveis paqueras, nem como extraterrestres -, o que, aliás, difere completamente da impressão que eu devo ter passado, com a minha observação ridícula do lugar no início.
Mas o que eu queria dizer era outra coisa. Sempre achei que a tal de "I'll survive", gravada pela fabulosa Gloria Gaynor, era o hino dos hinos para os homossexuais. E fiquei chocada ao ver que eu estava absolutamente enganada também neste quesito!
Ao contrário do que imaginava, eles acham tanta graça na música quanto nós. foi só a referida começar a tocar que todos deram risadas. Dançaram, naturalmente, mas mais tirando sarro do que sentindo o poder do movimento gay nas veias. Ri junto com eles, e percebi que, exceto pela opção sexual, tínhamos todo o resto em comum.
Achei o máximo. Me diverti muito. Depois da terceira cerveja meus acompanhantes até conseguiram esboçar um ou outro sorriso e acabamos conversando normalmente.
Recomendo. É um exercício extremamente divertido, pricipalmente para quem se diz "livre de preconceitos".

5 comentários:

Lelê disse...

eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei!
I'll survive. AMO, po#*a!

cara, porque eu não recebi esse tipo de convite?

:*

Édes disse...

Cerveja mais Gelada+
Melhor Musica+
Gente mais animada+
=
Boite Gay.
Já fui algumas Vezes e adoroo(Mas com a companhia adequada)

Dudu Carmo disse...

Tenho Curiosidade de ir um lugar destes..... Mas com uma boa companhia (Claro)

vou falar que "me acho livre preconceitos" ...

Mais isso já deve ser um preconceito...

vai Saber

Eduardo - www.dumc.zip.net disse...

Nunca fui, mas já imaginava que não era nada demais. Não tenho nada contra gays, mas não posso negar que detesto aquelas "bichas loucas"... não pela opção sexual, mas pela atitude espalhafatosa e muitas vezes inoportuna e descabida com gritinhos, caras e bocas ridículas. Não, isso não é machismo, até porque quem me conhece sabe que não o sou. É questão de educação. Conheço alguns gays, são extremamente simpáticos e atenciosos. Aliás, gays (de ambos os sexos), em regra, são muito bacanas. A questão do preconceito é mais um dos equívocos sociais, daqueles que se aprende na escola (SIMMM, na escola é que começam as brincadeiras maldosas contra negros, gays e afins).

Paula disse...

Também já fui à uma boate gay e amei! Jacú como sou, não conseguia parar de olhar pra uma drag até que ela se irriou e soltou "O que vc tá olhando?" E eu na sinceridade: "Seus cilio são tuuuuuudo!" Caímos na gargalhada e festamos a noite toda. Inclusive ao som de I'll Survive!