sábado, 15 de agosto de 2009

sei lá...

Faz tempo que eu não dou as caras por aqui, e isso tem uma explicação bem óbvia, eu estou me sentindo bem; ou estava, sei lá...

É assim mesmo, eu só tenho aptidão para a escrita quando algo me angustia, me corrói, me queima por dentro.

Não é a toa que a época que eu mais escrevi “pseudo-poemas” foi no auge dos meus 13/14/15 anos, quando eu jurava que iria morrer de amor, com o coração sangrando por algum carinha que hoje em dia eu nem sequer lembro os detalhes da fisionomia ou o tom da voz.

E se eu voltei pro papel e caneta - ou pro teclado e a internet - é porque algo aqui dentro não está legal. Na verdade, eu não sei ao certo o que se passa, o que eu penso, o que eu quero, o que eu preciso, o que me faz bem...

Eu queria ter o poder de tomar todas as decisões, queria que todas as coisas acontecessem da maneira que eu imagino, pra pelo menos as brigas darem certo e eu ter a chance de usar aquele discursinho bem ensaiado que ta pronto dentro de mim há tanto tempo.

Mas eu não sei se pro meu bem ou pro meu mal, as coisas não estão assim. É muito pedir por respostas objetivas? Pro sim ou pro não, uma certeza vale mais que as incontáveis dúvidas que me corroem e me esgotam.

O maior problema é que só uma pessoa pode dar essas tais respostas objetivas que eu tanto procuro, e essa pessoa sou eu. P-H-O-D-A, né? Eu sei, pelo menos isso eu sei.

Mas eu não vou ser egocêntrica querendo colocar todo o peso sobre as minhas costas, eu nortearia muito bem a minha suposta decisão e certamente acertaria a tal resposta que eu preciso tanto dar pra mim mesma se eu tivesse algum sinal, alguma idéia do que se passa no interior de outras psiques, se eu soubesse se por acaso essa angústia queima no interior de mais alguém além de mim, mas ta difícil, viu?

Por isso que cá estou eu, voltando a fase da minha adolescência, tentando encontrar no papel as respostas, enquanto me parece que eu estou usando como tinta o sangue que escorre do meu coração, torcendo para que logo eu esqueça os detalhes e as histórias...

5 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

ah, eu me sinto assim também, você não está sozinha nesse mundo, não! rsss
Meu auge "poético" foi nessa fase dos 13 aos 15 também, mais ou menos. Vira e mexe eu rabisco alguma coisa também (poemas dão muito trabalho, escrevo só uns textos agora... Werneck conhece alguma coisa). E, pessoalmente, acho que os escritos que a gente concebe em meio ao sofrimento são muito mais profundos e, portanto, muito mais bonitos.
:*

Unknown disse...

Le, um dos melhores textos seus que eu já li.
E essa fase, vem e vai... sempre! Na verdade, eu não sei se existe certeza sobre alguma coisa.
Flor, mas a parte que eu mais gostei foi PHODA.
Hauhiauhiauhaiuahiuaha
tiamuu

Paula disse...

Deus abençõe o pai do relógio! Nada como o tempo. Belíssimo texto!

MArlon disse...

Não sei quanto a vocês... mas morro de vergonha dos textos que escrevo... e olhe que já não tenho 15 anos ja faz algum tempo...